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De 16 a 19/03, Festa de São José, 19:30 na Igreja Matriz.

Textos


Vinde a mim, mas bem comportados!

Dom Murilo S.R. Krieger, scj

15.01.2012

"Uma editora italiana lançou um livro com normas de comportamento para os fiéis: “Um pouco de etiqueta não faz mal”. São orientações para os que forem participar de atos religiosos. Dessas orientações, escolho algumas. Os comentários são meus.

1ª) “Cuide da casa de Deus como se ela fosse a sua casa.” Nossas igrejas são construídas com a colaboração de toda a comunidade. Quem já participou de uma comissão de construção sabe quanto sacrifício é necessário até se chegar à sua inauguração. Também a manutenção de uma igreja exige muita atenção e gastos. Por isso, cuidar do que foi conseguido com muito trabalho é um respeito para com os que colaboraram, além, é claro, de ser uma demonstração de atenção para com uma obra que passou a ser consagrada ao Senhor.

2ª) “Quando entrar numa igreja, cumprimente o dono da casa.” A casa do Senhor é uma casa de oração. Não entramos nela para nos desligar das preocupações do mundo; entramos ali para levar ao Senhor nossas preocupações e colocá-las em suas mãos; entramos para louvá-lo e agradecer-lhe os dons recebidos; ou, humildemente, para pedirmos seu perdão por nossas infidelidades. Na igreja, o Senhor deve ser o centro de nossas atenções.

3ª) “Vista-se com decência, quando participar de uma cerimônia religiosa.” Deveria ser óbvio, mas para algumas pessoas não o é: nem toda roupa é adequada para qualquer lugar. Ninguém vai à praia de “smoking” nem ao cinema em trajes de banho. Há roupas que podem ser adequadas para uma festa de aniversário, mas não servem para se ir a um velório. Um pouco de bom senso (e de respeito!) não faria nada mal, quando se trata de pensar na roupa a ser usada em uma celebração religiosa – em casamentos, inclusive!

4ª) “Procure chegar na hora certa!” Normalmente, as celebrações começam na hora marcada. Esse “normalmente” vai por conta dos casamentos, cujos horários acabam dependendo das noivas (leia-se: cabeleireiras, arrumadeiras etc.). Para uma boa participação, é importante a concentração. Chegar antes é garantir a possibilidade de um tempo para a oração pessoal. Nesse ponto, um pouco de organização da própria vida só trará benefícios para a fé.

5ª) “Participe ativamente de todo o ato religioso.” As celebrações são expressões da oração comunitária. Jesus nos garantiu sua presença quando duas ou três pessoas se reunirem em seu nome (cf. Mt 18,20). Imagine-se a força de sua presença quando formos quinhentos, mil ou dois mil. Por isso, é importante nossa expressão de unidade com todos os que estão ali conosco, naquele momento de prece.

6ª) “Tome conta das crianças, para evitar que elas perturbem muito.” É bom, é muito bom levar as crianças para a igreja. Elas têm uma incrível capacidade de relacionar-se com Deus – basta que alguém as eduque para isso. Que elas nem sempre se sentem à vontade em uma celebração, também é normal. O que não convém é permitir que elas, sistematicamente, distraiam os que estão em sua proximidade. Afinal, são simpáticas, bonitas e engraçadinhas, e prendem mais a atenção do que o melhor orador, mesmo que sacro…

7ª) “Terminada a celebração, colabore com o clima de concentração e oração do ambiente.” Quantas pessoas, terminada a missa ou outra celebração, gostam de ficar na igreja. E isso é bom! A igreja tem o dom de facilitar a oração e, num mundo tão dispersivo com o nosso, é importante que se aproveite ao máximo as oportunidades que nos forem concedidas para momentos assim. No Templo de Jerusalém, Jesus lembrou as palavras do Salmista: “Minha casa é uma casa de oração” (Mt 21,13).

8ª) “Lembre-se de desligar o celular antes de começar a celebração!” Preciso fazer algum comentário?… Não preciso, mas aproveito para fazer uma pergunta: Há algo que distrai (ou irrita) mais, em uma celebração, do que o toque de um celular?…

Em síntese: uma celebração religiosa não é apenas um ato religioso; é, também, um ato social. É possível que, lendo essas regras de etiqueta, você pense em outras que poderiam ser acrescentadas. Se for o caso – e tiver a sua colaboração! – voltarei ao assunto…"

Dom Murilo Krieger, scj

Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil

Fonte: http://www.arquidiocesesalvador.org.br/artigos/vinde-a-mim-mas-bem-comportados/



Natal: por que 25 de dezembro?

Dom Murilo S.R. Krieger, scj

25.12.2011

Se procurarmos no Evangelho indicação sobre o dia do nascimento de Jesus, nada encontraremos. Na visão dos apóstolos e evangelistas, não se tratava de um fato digno de registro; no centro de sua pregação estava a ressurreição do Senhor. A preocupação que tinham, ao falar dele a quem não o conhecia, era clara: apresentar uma pessoa viva, não alguém do passado. É o que notamos, por exemplo, nos dez discursos querigmáticos (querigma: primeiro anúncio; apresentação das verdades centrais do cristianismo) que encontramos nos Atos dos Apóstolos. A idéia fundamental desses discursos é a mesma: “A este Jesus, Deus o ressuscitou; disso todos nós somos testemunhas” (At 2,32).

Voltemos ao Natal. No tempo do Papa Júlio I, que dirigiu a Igreja do ano 337 a 352, é que foi introduzida essa solenidade no calendário da Igreja. Até então celebrava-se apenas a festa da Epifania – isto é, a manifestação do Senhor aos povos pagãos, representados pelos magos do Oriente. Ficava assim claro que Jesus era o Salvador de todos os povos, e não apenas de um só povo. Por que, então, 25 de dezembro como data do Natal?

O Império Romano havia decidido que todos os povos deveriam comemorar a festa do “sol invicto”, o renascimento do sol invencível. Era invencível uma vez que caía (morria) de noite e renascia a cada manhã, eternamente. Esse renascimento diário era celebrado no dia 25 de dezembro. O sol era também símbolo da verdade e da justiça, igualmente consideradas invencíveis uma vez que, por mais que muitos tentassem destruí-las, sempre renasciam vitoriosas. O sol, considerado um deus, era uma luz poderosa, que iluminava o mundo inteiro. Igualmente a verdade e a justiça eram luzes poderosas para todos os povos.

Em vez de simplesmente combater essa festa pagã, os cristãos passaram a apresentar Jesus Cristo, nascido em Belém, como o verdadeiro sol, já que nos veio trazer a verdade e a justiça. Também ele passou pela morte, mas dela ressurgiu, mostrando que era invencível. Seu nascimento – isto é, seu natal –, já que não se sabia em que dia havia ocorrido, passou a ser celebrado no dia do sol invicto.

A tradição – louvável tradição! – dos presépios é posterior: na noite de Natal de 1223, em Greccio – Itália, S. Francisco de Assis fez o primeiro presépio. Ele maravilha-se que Jesus, o Filho de Deus, havia-se encarnado para que pudéssemos conhecer o rosto de Deus. Com Jesus, passamos a ter em nosso meio um Deus que “trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado” (GS, 22). Como não representar, então, seu nascimento, ocorrido numa gruta de Belém? Ao longo dos tempos e dos lugares, cada povo foi deixando suas próprias marcas nos presépios. Os presépios que vemos pela cidade de Salvador (que seja, um dia, a cidade “do” Salvador!), em parte fruto da iniciativa do projeto: “Salvador, cidade natal do Brasil”, é uma prova disso. Por sinal, não deixa de ser significativo que tal iniciativa tenha tido tanta acolhida na cidade que se identifica com o nome de Jesus. Afinal, o anúncio dos anjos em Belém, foi claro: “Eu vos anuncio uma grande alegria…: nasceu para vós o Salvador!” (Lc 2,10).

O nascimento de Jesus é o fato central da história da humanidade; tanto assim que contamos os anos a partir desse acontecimento. Na proximidade do Natal, caminhemos ao encontro do Menino que nos é dado, para contemplá-lo e lhe dizer: “Vimos te adorar, Menino Jesus. Estamos maravilhados diante da grandeza e da simplicidade do teu amor! Tu agora estás conosco para sempre! Tu, pobre, frágil, pequeno… para nós, para mim! Em ti resplende a divindade e a paz. Tu nos ofereces a vida da graça. Teu sorriso volta-se para os pequenos, pobres e simples. Por isso, depositamos a teus pés nossas orações, nossa vida e tudo o que somos e temos. Olha com especial carinho, contudo, para todos aqueles que não te conhecem e, por não te conhecerem, não te amam. Amém!”

Dom Murilo Krieger, scj

Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil

Fonte: http://www.arquidiocesesalvador.org.br/artigos/natal-por-que-25-de-dezembro/



Carta de Pe. Bruno aos paroquianos

Pelos 25 anos da Paróquia

05.08.2011


Aos amigos e às amigas da Paróquia Divino Espírito Santo de Vale dos Lagos


A presença dos jesuítas em Vale dos Lagos remonta ao ano de 1994. De fato, no meado daquele ano eu, P. Bruno, e o então estudante Eliomar fomos convidados a tomar conta de um grupo de jovens candidatos que tinham manifestado o desejo de ingressar na Companhia de Jesus. Nascia assim, em Vale dos Lagos, a comunidade vocacional como nova etapa de preparação dos candidatos ao noviciado.


Lá chegando, encontramos a casa paroquial abandonada e em péssimas condições para se habitar. Por isso, precisou inicialmente de um trabalho duro ao longo de vários meses torná-la em condições de se habitar. Estando a casa fechada havia muita sujeira por todo canto, sem contar o entupimento do esgoto com fossa. E para ter garantia de água, tivemos que cavar para ter uma caixa de reserva de água.


Nesse contexto, então, coube-nos tomar conta da paróquia do Divino Espírito Santo dando nossa contribuição sobretudo nos finais de semana. Fazia parte da formação a dimensão apostólica; assim os jovens colaboravam na catequese e na juventude, somando com as Irmãs Calasanzianas que trabalhavam neste campo. Elas se dedicavam também à escola das crianças inclusive dando um suporte na área da saúde. Muito se insistiu na visita às famílias dos conjuntos. Não foi nada fácil visitar as famílias destes apartamentos muitas vezes fechados porque de dia as pessoas trabalhavam e só voltavam à noite. Pouco a pouco fomos sendo conhecidos e ganhando confiança, graças a Deus.


A presença dos menores nos fundos da Igreja foi também um outro campo de trabalho apostólico dos nossos candidatos além de ajudar e colaborar com as Irmãs nas iniciativas promovidas como cursos, escola para crianças, enfermagem...


Sempre com o objetivo de formar para a vida, tivemos a oportunidade de encontrar no Hospital S. Rafael, um espaço propício para um trabalho de meio expediente, pela manhã, remunerado para o sustento de cada um.


Para criar melhores condições de espaço para os encontros e atividades da paróquia foi feita a reforma do galpão ao lado da Igreja. Este galpão estava completamente inutilizado porque estruturalmente condenado. Graças à ajuda de um benfeitor italiano e à colaboração dos fiéis conseguimos colocá-lo em condições de servir às iniciativas da comunidade.


Os três anos e pouco que eu passei por lá foram bem intensos mas também gratificantes. Quero mencionar as liturgias bem caprichadas, graças à criatividade de Eliomar, a reforma da Igreja com a ajuda dos fiéis, o fortalecimento dos movimentos, sobretudo o El Shadday, a disponibilidade de alguns leigos especificamente foram criando cada vez mais condições de uma vida paroquial organizada e intensa. Por tudo isso quero dar graças a Deus, parabenizá-los por esta caminhada de vinte cinco anos e desejar que a bênção de Deus e e a proteção de Nossa Senhora continuem presente no coração de cada um de vocês. Um abraço a cada um de vocês,


P. Bruno Schizzerotto sj


Manaus, 05-08-2011



Discurso de Bento XVI em sua chegada a Madri para a JMJ 2011

Quinta-feira, 18 de agosto de 2011, 07h54

Boletim da Santa Sé


Majestades,

Senhor Cardeal Arcebispo de Madri,

Senhores Cardeais,

Venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,

Distintas Autoridade Nacionais, Autonômicas e Locais,

Querido povo de Madri e da Espanha inteira!


Obrigado, Majestade, pela sua presença aqui, juntamente com a Rainha, e pelas palavras deferentes e amigas de boas-vindas que me dirigiu. Palavras que me fazem reviver as inesquecíveis demonstrações de simpatia recebidas nas minhas anteriores visitas apostólicas a Espanha, e de modo muito particular na minha recente viagem a Santiago de Compostela e a Barcelona. Saúdo cordialmente todos vós que vos encontrais reunidos aqui em Barajas, e quantos acompanham esta cerimônia através do rádio e da televisão. Uma menção muito agradecida desejo fazer aos que com tanto zelo e dedicação, nas instituições eclesiais e civis, contribuíram com o seu esforço e trabalho para que esta Jornada Mundial da Juventude em Madri decorra em boa ordem e se cubra de abundantes frutos.


Desejo também agradecer de todo o coração a hospitalidade de tantas famílias, paróquias, colégios e outras instituições que acolheram os jovens vindos de todo o mundo, primeiro nas diversas regiões e cidades da Espanha e agora nesta grande cidade de Madri, cosmopolita e sempre de portas abertas.


Venho aqui para me encontrar com milhares de jovens de todo o mundo, católicos, interessados por Cristo ou à procura da verdade que dê sentido genuíno à sua existência. Chego como Sucessor de Pedro para confirmar todos na fé, vivendo alguns dias de intensa atividade pastoral para anunciar que Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida. Para animar o compromisso de construir o Reino de Deus no mundo, no meio de nós. Para exortar os jovens a encontrarem-se pessoalmente com Cristo Amigo e assim, radicados na sua Pessoa, converterem-se em seus fiéis seguidores e valorosas testemunhas.


Esta multidão de jovens que veio a Madri… porque e para que vieram? Embora a resposta deva ser dada por eles próprios, pode-se entretanto pensar que desejam escutar a Palavra de Deus, como lhes foi proposto no lema para esta Jornada Mundial da Juventude, de tal maneira que, arraigados e edificados em Cristo, manifestem a firmeza da sua fé.


Muitos deles talvez tenham ouvido a voz de Deus apenas como um leve sussurro, que os impeliu a procurá-Lo mais diligentemente e a partilhar com outros a experiência da força que tem na suas vidas. Esta descoberta do Deus vivo revigora os jovens e abre os seus olhos para os desafios do mundo onde vivem, com as suas possibilidades e limitações. Veem a superficialidade, o consumismo e o hedonismo imperantes, tanta banalidade na vivência da sexualidade, tanto egoísmo, tanta corrupção. E sabem que, sem Deus, seria difícil afrontar estes desafios e ser verdadeiramente felizes, colocando para isso todo o entusiasmo na consecução duma vida autêntica. Mas, com Ele a seu lado, terão luz para caminhar e razões para esperar, não se detendo nem mesmo diante dos ideais mais altos, que hão-de motivar os seus generosos compromissos para a construção de uma sociedade onde se respeite a dignidade humana e uma efetiva fraternidade. Aqui, nesta Jornada, têm uma ocasião privilegiada para colocar em comum as suas aspirações, trocar reciprocamente a riqueza das suas culturas e experiências, animar-se mutuamente num caminho de fé e de vida, no qual alguns se julgam sozinhos ou ignorados nos seus ambientes quotidianos. Mas não! Não estão sozinhos. Muitos da sua idade partilham os mesmos propósitos deles e, confiando inteiramente em Cristo, sabem que têm realmente um futuro à sua frente e não temem os compromissos decisivos que preenchem toda a vida. Por isso me dá imensa alegria poder escutá-los, rezarmos juntos e celebrar a Eucaristia com eles. A Jornada Mundial da Juventude traz-nos uma mensagem de esperança, como uma brisa de ar puro e juvenil, com aromas renovadores que nos enchem de confiança face ao amanhã da Igreja e do mundo.


Não faltam, certamente, dificuldades. Subsistem tensões e confrontos em aberto em muitos lugares do mundo, inclusive com derramamento de sangue. A justiça e o sublime valor da pessoa humana facilmente se curvam a interesses egoístas, materiais e ideológicos. Não sempre se respeita, como é devido, o meio ambiente e a natureza, que Deus criou com tanto amor. Além disso, muitos jovens olham com preocupação para o futuro diante da dificuldade de encontrar um trabalho digno, ou por terem perdido o emprego, ou por ser este muito precário. Há outros que precisam de prevenção para não cair na rede das drogas, ou de uma ajuda eficaz, caso desgraçadamente já tenham caído nela. Há muitos que, por causa da sua fé em Cristo, são vítimas de discriminação, que gera o desprezo e a perseguição, aberta ou dissimulada, que sofrem em determinadas regiões e países. Molestam-lhes querendo afastá-los d’Ele, privando-os dos sinais da sua presença na vida pública e silenciando mesmo o seu santo Nome. Mas, eu volto a dizer aos jovens, com todas as forças do meu coração: Que nada e ninguém vos tire a paz; não vos envergonheis do Senhor. Ele fez questão de fazer-se igual a nós e experimentar as nossas angústias para levá-las a Deus, e assim nos salvou.


Neste contexto, é urgente ajudar os jovens discípulos de Jesus a permanecerem firmes na fé e a assumirem a maravilhosa aventura de anunciá-la e testemunhá-la abertamente com a sua própria vida. Um testemunho corajoso e cheio de amor pelo homem irmão, ao mesmo tempo decidido e prudente, sem ocultar a própria identidade cristã, num clima de respeitosa convivência com outras legítimas opções e exigindo ao mesmo tempo o devido respeito pelas próprias.


Majestade, ao renovar-lhes o meu agradecimento pelas deferentes boas-vindas que me proporcionaram, desejo exprimir também o meu apreço e proximidade a todos os povos de Espanha, bem como a minha admiração por um País tão rico de história e cultura, pela vitalidade da sua fé, que frutificou em tantos santos e santas de todas as épocas, em numerosos homens e mulheres que, deixando a sua terra, levaram o Evangelho a todos os cantos do mundo, e em pessoas rectas, solidárias e bondosas por todo o seu território. Trata-se de um grande tesouro, que vale a pena, sem dúvida, cuidar com atitude construtiva, para o bem comum de hoje e para oferecer um horizonte luminoso ao porvir das novas gerações. Embora atualmente haja motivos de preocupação, maior é a solicitude dos espanhóis pela sua superação com esse dinamismo que os caracteriza e para o qual contribuem imenso as suas profundas raízes cristãs, muito fecundas ao longo dos séculos.


Daqui saúdo com grande cordialidade todos os queridos amigos espanhóis e madrilenos, e quantos vieram de outras terras. Durante estes dias estarei junto de vós, mas tendo também muito presente todos os jovens do mundo, particularmente os que atravessam provações de diversa índole. Ao confiar este encontro à Santíssima Virgem Maria e à intercessão dos Santos protetores desta Jornada, peço a Deus que abençoe e proteja sempre os filhos da Espanha. Muito obrigado.


Disponível em:

http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=283111


"Inteligência sem emoção não funciona"

George Vittorio Szenészi

A Semana > Entrevista | N° Edição: 2173 | 01.Jul.11 - 21:00 | Atualizado em 09.Jul.11 - 19:57


Clique aqui para ler a Entrevista


Disponível em:

http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalhe/144514_INTELIGENCIA+SEM+EMOCAO+NAO+FUNCIONA+


Homilia de Dom Murilo

Posse de Dom Murilo S.R. Krieger, scj como Arcebispo de São Salvador da Bahia

Catedral, Solenidade da Anunciação do Senhor, 25.03.11


1. “Alegra-te, cheia de graça. O Senhor está contigo!” (Lc 1,30b-31). Tinha razão o anjo Gabriel, em pedir a Maria que se alegrasse. O anúncio que ele trazia à jovem de Nazaré era uma boa nova, uma alegre notícia: “Encontraste graça junto a Deus. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1,28). Jesus: esse era o nome que o enviado por Deus dava ao filho que Maria era chamada a conceber, por obra do Espírito Santo. Além de chamá-lo de “Jesus”, o mensageiro de Deus o chamou também de Filho do Altíssimo (cf. 1,32).


2. Dias depois da Anunciação do Senhor, Maria foi apressadamente à casa de sua prima Isabel. Da boca de sua parenta, o Filho que esperava recebeu outro nome: Senhor. “Como mereço que a mãe do meu Senhor me venha visitar?” (Lc 1,43). Elogiada por Isabel, por haver acreditado no que lhe foi anunciado e proposto, a Mãe de Jesus prorrompeu num canto, conhecido com o nome de Magnificat (cf. 1,47-55). Nele, Maria engrandece seu Senhor e testemunha sua alegria em Deus, seu Salvador.


3. Salvador. Até o momento da Anunciação, desconhecia-se que Deus é Trindade. Maria foi a primeira criatura a saber que Deus é Pai; e é Pai porque desde toda a eternidade tem um Filho, Jesus Cristo, “nascido do Pai antes de todos os séculos..., Deus verdadeiro de Deus verdadeiro” (Símbolo Niceno-constantinopolitano.). Foi também a primeira a saber que o Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade, é o “Senhor que dá a vida e procede do Pai e do Filho” (id.).


4. Por ocasião do nascimento de Jesus, o anúncio dos anjos aos pastores centrou-se em uma certeza: “Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor” (Jo 2,11). Mais tarde, o mesmo título – Salvador – será dado a Jesus pelos conterrâneos da Samaritana: “Já não é por causa daquilo que contaste que cremos, pois nós mesmos ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo” (Jo 4,42). Em sua segunda Carta, o apóstolo Pedro incentivará as comunidades do norte da Ásia Menor: “Procurai crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pd 3,18).


5. Salvador. São Salvador da Bahia. É com não pequena emoção que tomo posse como Arcebispo na cidade que, além de ser sede da primeira Diocese do Brasil, presta em seu nome uma homenagem a Jesus Cristo. Sim, o Filho de Deus é o nosso Salvador: “por nós foi crucificado..., padeceu e foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia...”.


6. Venho por nomeação feita pelo sucessor de Pedro. Procurarei exercer minha missão em profunda unidade com o Papa Bento XVI. Através de Sua Excelência, o Senhor Núncio Apostólico Dom Lorenzo Baldisseri, representante do Papa no Brasil, quero fazer chegar ao coração de Bento XVI a certeza de que me dedicarei com amor à missão que ele, Bispo de Roma, me confiou.


7. Sucedo nesta sede episcopal ao Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo. Em sua pessoa, sempre me impressionaram a bondade e o senso de equilíbrio. Sua permanência em Salvador, após deixar o governo da Arquidiocese, assegura-me que terei, perto de mim, o apoio de um amigo e a ajuda de um colaborador eficaz.


8. Presto minha homenagem aos nove bispos e 26 arcebispos que me antecederam. Todos eles foram decisivos na construção da bela história desta Arquidiocese. Nos passos que eles deram sou chamado a descobrir os passos de Deus, nesta terra abençoada. Na pessoa de dois deles, que conheci, reverencio a memória dos demais: o Cardeal Dom Avelar Brandão, de quem guardo a força da palavra e a bondade do coração; e Dom Lucas Moreira Neves, do qual recordo a unidade com o Papa João Paulo II e o amor à Igreja. Sei que esta Arquidiocese muito deve também a seus Bispos Auxiliares. Aos dois, que recentemente deixaram esta Arquidiocese para assumir governos diocesanos, Dom Josafá Menezes da Silva, Bispo de Barreiras, e Dom João Carlos Petrini, Bispo de Camaçari, asseguro minha prece e minha amizade. A Dom Gregório Paixão, atual Bispo Auxiliar, dou minha certeza: contarei muito com sua colaboração no governo desta Arquidiocese Primaz.


9. Trabalharei de perto com os Arcebispos e Bispos do Regional Nordeste 3 da CNBB, formado pelas 23 Dioceses dos Estados da Bahia e de Sergipe. Muito terei que aprender com vocês, meus irmãos, porque sei que muito vocês têm a me ensinar.


10. Aos sacerdotes desta Arquidiocese, diocesanos e religiosos, quero testemunhar o que aprendi ao longo de meus vinte e seis anos de episcopado: a maior parte do que um Bispo consegue realizar em sua Diocese, consegue fazê-lo por meio de seus sacerdotes. Procurarei ser seu pai, seu irmão mais velho, seu amigo.


11. Como pensar nos sacerdotes, sem pensar nos seminaristas? Porque vocês são a esperança da Igreja, são a minha esperança. “Amai a vossa vocação como o dom mais precioso que vos foi concedido” (João Paulo II, Catedral de Salvador, 06.07.80, dirigindo-se aos seminaristas).


12. Ao dirigir-me aos Diáconos Permanentes, lembro que o ministério que vocês exercem é uma advertência a todos: seguir Jesus Cristo significa servir seus irmãos e irmãs, como aquele que lhes lava os pés.


13. Sou religioso, da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Devo muito à Congregação fundada pelo Pe. Dehon. Sei que uma congregação religiosa é um dom do Espírito Santo, para ressaltar na Igreja algum aspecto da infinita riqueza de Cristo. Confirmo-lhes, religiosos e religiosas, que a maior contribuição que poderão continuar prestando a esta Arquidiocese é a vivência profunda do próprio carisma. Vale o mesmo para os Institutos Seculares aqui presentes.


14. Aos leigos e leigas, asseguro: vocês estão sempre presentes no ministério de um Bispo. Juntos, somos chamados a fazer de cada batizado um entusiasta discípulo missionário de Jesus Cristo. Nessa missão e responsabilidade, conto muito com as pastorais e os movimentos, as irmandades e as associações, as novas comunidades e outras organizações laicais.


15. Ao me dirigir às Autoridades civis e militares, penso na afirmação do apóstolo Paulo: “Toda autoridade vem de Deus” (Rm 13,1). O serviço que prestam à sociedade os aproxima de mim, pois também sou chamado a servir a comunidade. Numa realidade tão desafiadora como a da Bahia, com imensas riquezas culturais e sérios desafios sociais, trabalhemos, pois, no devido respeito às responsabilidades de cada um, para, juntos, construirmos uma sociedade justa, fraterna e solidária. Agradeço a presença, nesta celebração ,não somente das Autoridades deste Estado que me acolhe, mas também as que vieram representar meu Estado natal, Santa Catarina.


16. Há nesta Arquidiocese a presença de outras Igrejas cristãs. Respeitando nossas diferenças e aproximando-nos em vista do patrimônio imenso que nos une – por exemplo: a fé em Jesus Cristo Filho de Deus e Salvador, e na mesma Palavra de Deus –, estaremos buscando a unidade desejada por Jesus: “Pai..., que todos sejam um, para que o mundo creia” (Jo 17,21).


17. Aos que são de religiões não-cristãs, lembro as palavras do Documento de Aparecida, que apresenta orientações para a Igreja que está na América Latina e no Caribe: somos chamados “ao encontro fraterno e respeitoso com os seguidores de religiões não cristãs e com todas as pessoas empenhadas no bem da justiça e na construção da fraternidade universal” (DA 168).


18. Muitos devem estar se perguntando: quem é este Bispo que vem de um Estado distante? O que pensa? O que nos traz? Limito-me a dizer-lhes que, catarinense da cidade de Brusque, muito devo à minha família; daí a profunda ligação que tenho com meus irmãos, cunhados e sobrinhos, com meus primos e primas. Posso-lhes dizer que experimentei em minha própria vida qual o valor da família. Muito devo, também, aos inúmeros amigos dos Estados em que trabalhei: São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Muito devo às Dioceses que estiveram sob minha responsabilidade: Ponta Grossa e Maringá, no Paraná, e Florianópolis, em Santa Catarina. Essa última me é particularmente cara por ser a minha Diocese de nascimento e onde, como Bispo, vivi por quinze anos.


19. O que lhes trago? Meu lema episcopal sintetiza minhas convicções: “Deus é amor” (1Jo 4,16). Sei que essa certeza é vivida nesta Arquidiocese há 460 anos. Venho, pois, me unir a vocês nesta proclamação ao mundo: quem quer que você seja, qualquer que tenha sido sua história, há uma verdade que é mais forte do que qualquer outra: Deus o ama, porque é da sua essência amar, ser misericordioso e dar a paz. Nossa proclamação se faz tanto mais necessária diante da insegurança em que muitos vivem e dos imensos bolsões de pobreza que questionam as dimensões de nosso amor e de nossa criatividade. Além da proclamação do amor e da misericórdia de Deus, cabe-nos assumir como programa pastoral aquele que foi proposto pelo Papa João Paulo II, no início do novo milênio: a santidade. Santo é aquele que, imitando Jesus Cristo, caminha com ele, na força do Espírito Santo, ao encontro do Pai. A beatificação nesta Arquidiocese, pouco mais de três anos atrás, de Irmã Lindalva, e a beatificação, no próximo mês de maio, de Irmã Dulce, nos ensinam que os santos, porque tinham o olhar fixo em Deus e na eternidade, tinham os pés bem plantados na terra e, por isso, se debruçavam sobre os mais necessitados. Aliás, como dizia Dom Uribe, bispo colombiano: “Nenhum santo fracassou na pastoral”.


20. Enfim, volto um olhar para o passado e um para o futuro. Para o passado: em sua primeira visita a Salvador, em 1980, o saudoso Papa João Paulo II afirmou: “Todo homem deve poder encontrar-se com Cristo... Todo homem, aliás, necessita de Cristo, também ele homem perfeito e salvador do homem. Cristo é a luz que, integrada nas mais diversas culturas, as ilumina e eleva por dentro” (07.07.80).


21. Olho para o futuro e confio meu ministério episcopal, confio a Arquidiocese de São Salvador da Bahia ao Senhor do Bonfim, que da Colina Sagrada protege o bom povo da Bahia, e à Nossa Senhora da Conceição da Praia, Mãe de Jesus, sempre disponível à vontade de Deus. Imitando-a, coloquemo-nos diante do SENHOR, e digamos-lhe: Somos teus filhos e filhas, ó Pai! Realiza em nós, e através de nós, a tua vontade! Para que assim, conduzidos por teu divino Filho, o Salvador, possamos participar um dia do Reino eterno. Amém.


Fonte:Zulmar Faustino, Jornalista da Arquidiocese de Florianópolis ::www.arquifln.org.br


Posse de Dom Murilo

Dom Murilo toma posse em Salvador

Com a entrega do báculo, Dom Geraldo entregou a administração da Arquidiocese que esteve à frente nos últimos 12 anos


Uma grande festa! Foi assim que o povo alegre e acolhedor da Bahia recebeu Dom Murilo Krieger, o seu novo arcebispo. Esse clima festivo pôde ser evidenciado na recepção de chegada no aeroporto, na noite do dia 22 de março, e na celebração em que tomou posse, no dia 25. Dom Murilo é o 27º arcebispo de Salvador, a primeira diocese do Brasil.


A celebração de posse foi realizada na Catedral Basílica, no Centro Histórico da capital baiana, na noite do dia 25 de março. Ela foi acompanhada por quatro cardeais e mais de 60 bispos, além de padres e diáconos de todos os cantos do Brasil. Autoridades políticas de Salvador e Santa Catarina também estiveram presentes. Destaque especial para os governadores dos dois Estados.


Fiéis lotaram a igreja e também puderam assistir a celebração por telões em uma capela interna ou em frente à catedral. Emissoras de TV católicas também transmitiram ao vivo toda a celebração. Cada momento foi intensamente registrado por dezenas de cinegrafistas, fotógrafos e reportes, que se amontoaram no pequeno espaço entre o altar e as autoridades, padres e convidados.


A posse foi precedida da procissão de entrada, em que os bispos, padres e diáconos que saíram da Igreja de São Domingos, na mesma praça da Catedral. Eles formaram um corredor, em que Dom Murilo, Dom Geraldo Magela Agnello - seu antecessor - e Dom Gregório Paixão, bispo auxiliar da Arquidiocese, seguiram até a Catedral.


Durante a solenidade de posse, Dom Geraldo fez a saudação a Dom Murilo. Emocionado, ele disse que deixa o cargo, que ocupou nos últimos 12 anos, com a sensação de missão cumprida. “O que deveria ter feito, acredito que fiz com todo respeito, amor e dedicação”, disse.


Sobre a vinda de Dom Murilo, disse saber que “não faltará luz e graça para o pastoreio que agora assume”. Ele ainda falou que estava muito feliz pelo Papa o ter escolhido para representá-lo na beatificação de Irmã Dulce, benemérita que possui uma importante obra social na capital baiana.


Em seguida, Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio Apostólico, representante do Papa no Brasil, tomou a palavra. Ele falou do legado de Dom Geraldo. “A Igreja no Brasil lhe será sempre grata. A vida dos cristãos nessa terra foi dignificada”. Sobre o pastoreio de Dom Murilo, disse que ele poderá contar sempre com o auxílio de Dom Geraldo, auxiliando-o na condução do rebanho.


Pai, irmão e amigo


Na sequência, Dom Murilo recebeu de Dom Geraldo e de Dom Lorenzo o báculo, símbolo da posse da Arquidiocese, e sentou-se na cadeira episcopal. Em sua homilia, Dom Murilo falou do seu antecessor. “Em sua pessoa, sempre me impressionaram a bondade e o senso de equilíbrio. Sua permanência em Salvador, após deixar o governo da Arquidiocese, assegura-me que terei, perto de mim, o apoio de um amigo e a ajuda de um colaborador eficaz”.


Dom Murilo também falou dos bispos e arcebispo que o antecederam, e dos que conviverá no Regional Nordeste 3 da CNBB. Lembrou dos presbíteros, diáconos e religiosos de Salvador. Segundo ele, em sua experiência, a maior parte do que um Bispo consegue realizar em sua Diocese, é por meio de seus sacerdotes. “Procurarei ser seu pai, seu irmão mais velho, seu amigo”.


“É com muita emoção que tomo posse na cidade que, além de ser a primeira diocese do Brasil, presta em seu nome uma homenagem a Jesus Cristo”. Ao final, ele confiou o seu ministério episcopal ao Senhor do Bonfim e à Nossa Senhora da Praia, dois santos muito queridos dos baianos, e foi ovacionado.


Homenagens


Após a comunhão, uma leiga fez a saudação ao novo arcebispo em nome de todos os leigos da Arquidiocese. Ela falou da disposição deles em auxiliá-los em seu episcopado. Cônego Edson Menezes da Silva, fez um longo discurso em nome dos padres. “Sinta-se acolhido e já muito amado por cada um de nós”, disse. Ao final, Pe. Valter, pároco da Paróquia Santo Amaro da Purificação, fez a leitura da ata de posse do novo arcebispo, que foi assinada por Dom Murilo.


Ao final da solenidade, os convidados se dirigiram para o Centro de Eventos da Cúria Metropolitana. Lá, foram recepcionados e receberam toda a costumeira atenção de Dom Murilo, que calmamente posou para fotos. Eles ainda puderam degustar de um coquetel oferecido pela Arquidiocese de Salvador.


Desafios da nova missão


Para Dom Geraldo Magela Agnelo, arcebispo emérito de Salvador e que a administrou por 12 anos, os maiores desafios de Dom Murilo estão no campo social. “O combate à pobreza, miséria, falta de emprego e a moradia deficiente, certamente são hoje os maiores desafios da Arquidiocese de Salvador”, disse Dom Geraldo. Mas acredita que Dom Murilo tem condições de lidar e superar esses desafios.

Quanto ao sincretismo religioso, Dom Geraldo não acredita que isso se configurará como um grande desafio. Segundo ele, tendo a oportunidade de analisar, ele vai compreender e saberá como lidar. “É uma realidade bastante diferente para quem vem do sul, mas como eu também vim e me adaptei, Dom Murilo, como homem de comunicação, terá ainda mais facilidades”, acrescentou.


Mais distante da família


Um misto de tristeza e alegria. É assim que pode ser traduzido o sentimento da família de Dom Murilo. Tristeza porque ele agora estará bem mais longe de seus familiares, que, em sua maioria, residem em Florianópolis e Brusque, sua terra natal. E alegria pelo ministério que está assumido.


“Quando recebi a informação, tive uma atitude de espanto, incredulidade e tristeza, que são atitudes egoístas. Afinal, o tínhamos tão perto depois de tanto tempo ele estando longe - agora mais longe ainda”, disse Maria Teresinha Merico, uma das três irmãs e um irmão de Dom Murilo, todos presentes a celebração.


Segundo ela, analisando melhor, viu que ele é um padre para a Igreja. “O baiano é um povo bom e merece atenção. Com certeza Dom Murilo vai realizar o seu trabalho com amor, carinho e a dedicação que eles merecem”, disse.

A saudade ficará mais forte porque a família já estava acostumada com a sua presença. Eram freqüentes os encontros familiares, que agora certamente serão mais raros. “Já passamos por isso antes. Agora vamos valorizar ainda mais os momentos que passarmos juntos”, disse Teresinha.


Como o povo baiano recebe o novo arcebispo?


“Com alegria, por saber que é um bispo com longa experiência, e expectativa, por estar em uma realidade bastante diversa do sul. Mas pelo pouco que li e ouvi dele, já inspirou grande confiança. A certeza de que é um eleito do Senhor, e sendo Ele fiel, dá os justos para que cuide do seu rebanho”, Elenita França, leiga consagrada da Comunidade Verbo de Vida.


“Como uma graça, um presente de Deus para a nossa Arquidiocese. Já no primeiro momento percebemos que se tratava de um mimo de Deus para nós. Sabemos que fará um excelente trabalho e o nosso desejo é colaborarmos para que ele exerça o seu ministério”, Dom Gregório Paixão, bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador.


“Muita felicidade, sobretudo por também ser um religioso, que tem uma formação mais austera. Como é um homem do povo e de comunicação, estará bastante aberto ao diálogo, a conhecer, entender e apoiar as muitas espiritualidades presentes na Arquidiocese”, Irmã Rita Maria da Sagrada Paixão, Fraternidade Arca de Maria.


Fonte:Zulmar Faustino, Jornalista da Arquidiocese de Florianópolis ::www.arquifln.org.br


Mensagem do Papa Bento XVI para o XIX Dia Mundial do Doente 2011

Mensagem do Papa Bento XVI para o XIX Dia Mundial do Doente 2011

«Pelas suas chagas fostes curados» (1 Pd 2, 24).


Queridos Irmãos e Irmãs!


Todos os anos, na memória da Bem-Aventurada Virgem de Lourdes, que se celebra a 11 de Fevereiro, a Igreja propõe o Dia Mundial do Doente. Esta circunstância, como quis o venerável João Paulo ii, torna-se ocasião propícia para reflectir sobre o mistério do sofrimento e, sobretudo, para tornar as nossas comunidades e a sociedade civil mais sensíveis aos irmãos e irmãs doentes. Se todos os homens são nossos irmãos, aquele que é débil, sofredor ou necessitado de cuidado deve estar mais no centro da nossa atenção, para que nenhum deles se sinta esquecido ou marginalizado; com efeito «a grandeza da humanidade determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre. Isto vale tanto para o indivíduo como para a sociedade. Uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem e não é capaz de contribuir, mediante a com-paixão, para fazer com que o sofrimento seja compartilhado e assumido mesmo interiormente é uma sociedade cruel e desumana» (Carta enc. Spe salvi, 38). As iniciativas que serão promovidas nas diversas Dioceses, por ocasião deste Dia, sirvam de estímulo para tornar cada vez mais eficaz o cuidado para com os sofredores, também na perspectiva da celebração de modo solene, que terá lugar em 2013, no Santuário mariano de Altötting, na Alemanha.


1. Tenho ainda no coração o momento em que, durante a visita pastoral a Turim, pude deter-me em reflexão e oração diante do Santo Sudário, diante daquele rosto sofredor, que nos convida a meditar sobre Aquele que carregou sobre si a paixão do homem de todos os tempos e lugares, inclusive os nossos sofrimentos, as nossas dificuldades e os nossos pecados. Quantos fiéis, no curso da história, passaram diante daquele tecido sepulcral, que envolveu o corpo de um homem crucificado, que corresponde em tudo ao que os Evangelhos nos transmitem sobre a paixão e a morte de Jesus! Contemplá-lo é um convite a reflectir sobre quanto escreve São Pedro: «Pelas suas chagas fostes curados» (1 Pd 2, 24). O Filho de Deus sofreu, morreu, mas ressuscitou, e exactamente por isso aquelas chagas tornam-se o sinal da nossa redenção, do perdão e da reconciliação com o Pai; tornam-se, contudo, também um banco de prova para a fé dos discípulos e para a nossa fé: todas as vezes que o Senhor fala da sua paixão e morte, eles não compreendem, rejeitam, opõem-se. Para eles, como para nós, o sofrimento permanece sempre carregado de mistério, difícil de aceitar e suportar. Os dois discípulos de Emaús caminham tristes, devido aos acontecimentos daqueles dias em Jerusalém, e só quando o Ressuscitado percorre a estrada com eles, se abrem a uma visão nova (cf. Lc 24, 13-31). Também o apóstolo Tomé mostra a dificuldade em crer na via da paixão redentora: «Se eu não vir o sinal dos cravos nas suas mãos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei» (Jo 20, 25). Mas diante de Cristo que mostra as suas chagas, a sua resposta transforma-se numa comovedora profissão de fé: «Meu Senhor e meu Deus» (Jo 20, 28). O que antes era um obstáculo intransponível, porque sinal da aparente falência de Jesus, torna-se, no encontro com o Ressuscitado, a prova de um amor vitorioso: «Somente um Deus que nos ama a ponto de carregar sobre si as nossas feridas e a nossa dor, sobretudo a dor inocente, é digno de fé» (Mensagem Urbi et Orbi, Páscoa de 2007).


2. Queridos doentes e sofredores, é justamente através das chagas de Cristo que podemos ver, com olhos de esperança, todos os males que afligem a humanidade. Ressuscitando, o Senhor não tirou o sofrimento e o mal do mundo, mas extirpou-os pela raiz. À prepotência do Mal opôs a omnipotência do seu Amor. Indicou-nos então, que o caminho da paz e da alegria é o Amor: «Como Eu vos amei, vós também vos deveis amar uns aos outros» (Jo 13, 34). Cristo, vencedor da morte, está vivo no meio de nós E enquanto com São Tomé dizemos também: «Meu Senhor e meu Deus», seguimos o nosso Mestre na disponibilidade a prodigalizar a vida pelos nossos irmãos (cf. 1 Jo 3, 16), tornando-nos mensageiros de uma alegria que não teme a dor, a alegria da Ressurreição.


São Bernardo afirma: «Deus não pode padecer, mas pode compadecer». Deus, a Verdade e o Amor em pessoa, quis sofrer por nós e connosco; fez-se homem para poder com-padecer com o homem, de modo real, em carne e sangue. Em cada sofrimento humano, portanto, entrou Aquele que partilha o sofrimento e a suportação; em cada sofrimento difunde-se a con-solatio, a consolação do amor partícipe de Deus para fazer surgir a estrela da esperança (cf. Carta enc. Spe salvi, 39).


A vós, queridos irmãos e irmãs, repito esta mensagem, para que sejais suas testemunhas através do vosso sofrimento, da vossa vida e da vossa fé.


3. Considerando o encontro de Madrid, no mês de Agosto de 2011, para a Jornada Mundial da Juventude, gostaria de dirigir também um pensamento especial aos jovens, especialmente aos que vivem a experiência da doença. Com frequência a Paixão e a Cruz de Jesus causam medo, porque parecem ser a negação da vida. Na realidade, é exactamente o contrário! A Cruz é o «sim» de Deus ao homem, a expressão mais elevada e intensa do seu amor e a fonte da qual brota a vida eterna. Do Coração trespassado de Jesus brotou esta vida divina. Só Ele é capaz de libertar o mundo do mal e de fazer crescer o seu Reino de justiça, de paz e de amor ao qual todos aspiramos (cf. Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude de 2011, 3). Queridos jovens, aprendei a «ver» e a «encontrar» Jesus na Eucaristia, onde Ele está presente de modo real para nós, até se fazer alimento para o caminho, mas sabei reconhecê-lo e servi-lo também nos pobres, nos doentes, nos irmãos sofredores e em dificuldade, que precisam da vossa ajuda (cf. ibid., 4).


A todos vós jovens, doentes e sadios, repito o convite a criar pontes de amor e solidariedade, para que ninguém se sinta sozinho, mas próximo de Deus e parte da grande família dos seus filhos (cf. Audiência geral, 15 de Novembro de 2006).


4. Ao comtemplar as chagas de Jesus o nosso olhar dirige-se ao seu Sacratíssimo Coração, no qual se manifesta em sumo grau o amor de Deus. O Sagrado Coração é Cristo crucificado, com o lado aberto pela lança, do qual brotam sangue e água (cf. Jo 19, 34), «símbolo dos sacramentos da Igreja, para que todos os homens, atraídos pelo Coração do Salvador, bebam com alegria na fonte perene da salvação» (Missal Romano, Prefácio da Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus). Especialmente vós, queridos doentes, sentis a proximidade deste Coração cheio de amor e bebeis com fé e alegria de tal fonte, rezando: «Água do lado de Cristo, lava-me. Paixão de Cristo, fortalece-me. Oh, bom Jesus, ouve-me. Nas tuas chagas, esconde-me» (Oração de Santo Inácio de Loyola).


5. Na conclusão desta minha Mensagem para o próximo Dia Mundial do Doente, desejo exprimir o meu afecto a todos e a cada um, sentindo-me partícipe dos sofrimentos e das esperanças que viveis quotidianamente em união com Cristo crucificado e ressuscitado, para que vos conceda a paz e a cura do coração. Juntamente com Ele ao vosso lado vigie a Virgem Maria, que invocamos com confiança como Saúde dos enfermos e Consoladora dos sofredores. Aos pés da Cruz realiza-se para Ela a profecia de Simeão: o seu Coração de Mãe é trespassado (cf. Lc 2, 35). Do abismo da sua dor, participação no sofrimento do Filho, Maria tornou-se capaz de assumir a nova missão: tornar-se a Mãe de Cristo nos seus membros. Na hora da Cruz, Jesus apresenta-lhe cada um dos seus discípulos, dizendo-lhe: «Eis o teu filho» (cf. Jo 19, 26-27). A compaixão materna para com o Filho torna-se compaixão materna para cada um de nós nos nossos sofrimentos quotidianos (cf. Homilia em Lourdes, 15 de Setembro de 2008).


Queridos irmãos e irmãs, neste Dia Mundial do Doente, exorto também as Autoridades a fim de que invistam cada vez mais energias em estruturas médicas que sirvam de ajuda e apoio aos sofredores, sobretudo aos mais pobres e necessitados e, dirigindo o meu pensamento a todas as Dioceses, transmito uma saudação afectuosa aos Bispos, aos sacerdotes, às pessoas consagradas, aos seminaristas, aos agentes no campo da saúde, aos voluntários e a todos os que se dedicam com amor a cuidar e aliviar as chagas de cada irmão e irmã doente, nos hospitais ou casas de cura, nas famílias: nos rostos dos doentes sabei ver sempre o Rosto dos rostos: o de Cristo.


A todos garanto a minha recordação na oração, enquanto concedo a cada um a especial Bênção Apostólica.


Vaticano, 21 de Novembro de 2010.


BENEDICTUS PP. XVI


"O dízimo é uma restituição a Deus"

"O dízimo é uma restituição a Deus"


Publicado 2009/06/22
Author : Pe. Caio Newton de Assis Fonseca


Ele era contra o dízimo e hoje é um dos seus mais ardorosos propagadores. Ao longo de quase 30 anos de atividades como missionário leigo, realizou trabalhos de conscientização e organização em mais de 4 mil comunidades no Brasil, nos Estados Unidos e no Peru. Trata do assunto com objetividade e clareza nos onze livros que escreveu. Um deles, "Dízimo e Oferta na Comunidade", conta já com 2,5 milhões de exemplares.
Pe. Caio Newton de Assis Fonseca


Arautos do Evangelho: Como nasceu sua vocação de "Apóstolo do Dízimo"?


Antoninho Tatto: Antigamente eu era contra o dízimo e qualquer outra forma de participação na Igreja.Sou de família pobre, sem facilidades econômicas, e um fato acontecido em minha infância deu-me uma visão deturpada do sentido de colaborar com a Igreja. Daí nasceu um "bloqueio".
Muitos anos depois, tornei-me administrador de empresas, quer dizer, passei a auxiliar empresários a resolver problemas financeiros e administrativos. Em determinado momento, comecei a observar as dificuldades econômicas pelas quais passava a Igreja, e me questionei: "Deus me deu o dom, a capacidade de ajudar pessoas no campo financeiro. Não será minha obrigação ajudar também a Igreja na situação em que ela se encontra?"
Mas deparei-me então com aquele "bloqueio"...Eu não queria contribuir e, sobretudo, não queria concordar com a obrigação do dízimo.


Esse problema atinge muitos outros católicos. E como o senhor o resolveu?
Bem, o assunto ficou girando em minha cabeça, e resolvi consultar alguns padres amigos a esse respeito. No caso de decidir-me a colaborar, eu queria saber quanto deveria dar.Mas as respostas não me satisfaziam.Segundo me parecia, a percentagem estabelecida pela Pastoral do Dízimo era muito elevada. Infelizmente, é assim: quando uma pessoa não está conscientizada, qualquer quantia, por menor que seja, sempre parece exagerada...
Ocorreu-me, então, fazer uma pesquisa na Bíblia sobre a questão. O que diz a Sagrada Escritura a respeito do dízimo? Comecei a ler, a tomar notas e a fazer curtas reflexões. Deus começou a agir, e os textos bíblicos foram aparecendo e me impressionando.


Daí lhe veio a decisão de se tornar apóstolo do dízimo?
Na realidade, a pesquisa preparou a hora de Deus, a hora da graça. Eu fui pregar numa comunidade, numa favela, e ali ouvi alguns testemunhos de pessoas pobres. Essa experiência levantou em mim algumas questões.
Eu estava com o assunto ainda não resolvido quando em certo momento vi uma viúva muito pobre fazer uma oferta, de um valor bem pequeno.E fiquei bastante constrangido, pois era a mesma quantia que eu tinha dado.Imediatamente pensei: "Se essa viúva tão pobre contribuiu com esse valor, com quanto deveria eu ter contribuído?"
Aí dei-me conta de que minhas pesquisas me haviam feito conhecer tudo sobre o dízimo, mas eu não tinha a consciência sobre a importância do dízimo, como acontecia com aquela senhora. Entendi então que o apelo para ser dizimista era mais profundo: não basta conhecer, é preciso amar.


E assim o senhor iniciou o caminho... Nas coisas de Deus não há coincidências.Existe, isto sim, a misericórdia, a Providência Divina.
Procurei minha esposa e lhe propus de sermos dizimistas. Ela sugeriu darmos dez por cento de nossa renda. Respondi que não era possível, pois a doença de nossa filha exigia de nós um gasto muito considerável.Assim, apesar de ela insistir, começamos colaborando com três por cento. Passados poucos meses, percebemos que aquele valor não nos fazia falta, e podíamos cuidar de nossa filha com a mesma atenção de antes. Elevamos, pois, nossa colaboração para dez por cento. Nesse mesmo mês, nossa filha curou-se!
Fico emocionado ao relatar esse caso, e creio que Deus permitiu tudo isso pelo fato de eu ser tão contrário ao dízimo, e que seu grande propósito era o de levar-me a dar esse testemunho.
Não foi nada, não foi ninguém que mudou a minha vida, ou me transformou em dizimista. Foi Deus quem me converteu.


O senhor está focalizando a questão do dízimo muito mais sob um aspecto espiritual que financeiro.
Sim! Eu até costumo dizer que a Pastoral do Dízimo não foi feita para resolver os problemas financeiros das paróquias... Claro, para isso existem o marketing e vários tipos de ajuda.Dízimo não é arrecadação financeira; é ação pastoral, quer dizer, um trabalho de evangelização para todos se sentirem mais Igreja. Se essa campanha não tiver esse objetivo, tornase meramente financeira.
A proposta da Igreja Católica é que, através da participação de cada pessoa, a comunidade se fortaleça e testemunhe a fé. Por isso, quem não dá o dízimo, não está sonegando dinheiro que deveria dar à Igreja. Está sonegando a fé! Dinheiro pode ser mandado para qualquer lugar, o dízimo não; e essa é a grande diferença entre dízimo e dinheiro. Para dar dinheiro, basta tê-lo, mas o dízimo é uma expressão de comunidade, supõe a fé.


E esse apostolado tem produzido bons resultados?

Sem dúvida. A proposta tem sido facilmente assimilada, e impressiona ver comunidades com grandes dificuldades que, depois da ação pastoral do Apostolado do Dízimo, passam a ter grande desenvolvimento. E a principal razão disso é a mudança no modo de ver a comunidade. Antes ela não significava nada para as pessoas, e, após a evangelização desse Apostolado, passa a integrar a vida delas.
Há pouco estive em Moçambique, onde encontrei uma situação de muita necessidade. Porém, em 24 anos de Apostolado do Dízimo, eu nunca tinha visto uma abertura tão grande da parte dos fiéis como nesse país. Foram dez dias de missão, com encontros de uma participação espetacular.Naquela extrema pobreza, colhi testemunhos como estes: "Agora sinto orgulho de minha Igreja". "Nós nos afastamos de Deus, e agora temos oportunidade de retornar de forma responsável". "Jamais tinha pensado no dízimo a não ser como instrumento de arrecadação, e vejo agora que é uma bênção para nossa Igreja e para nós, do povo".


Qual o significado mais elevado do dízimo?
Durante muitos séculos deixou-se de lado essa questão, mas ela é profunda e importante: o dízimo expressa a gratidão a Deus, pois nós precisamos nos reconhecer sempre devedores d'Ele, uma vez que nada nos pertence, somos apenas administradores.
Nessa condição, temos dois caminhos: amá-Lo ou rejeitá-Lo, sermos bons administradores ou simplesmente ficarmos com tudo. Sermos fiéis ou infiéis. É a Parábola dos Talentos.
Colocar a mão no bolso é muito simples quando se tem dinheiro; mas por convicção, por amor a Deus, não é fácil. É preciso fazer uma violência, e esta se torna aprazível quando a pessoa constata que Deus é maravilhoso, pois nos concede muito mais do que Lhe damos.
São Paulo diz: "Que é que possuis que não tenhas recebido?" (1 Cor 4, 7).O dízimo é, então, uma devolução, uma restituição.

(Revista Arautos do Evangelho, Out/2006, n. 58, p. 32-33) Disponível em: http://www.arautos.org/view/show/5314-o-dizimo-e-uma-restituicao-a-deus

 

 

 

 

 

 

 


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